...amigos, amigos...

Estou de home office de novo, de novo por causa da novela do ar condicionado. Na semana passada eu também fiquei em casa, mas BEM mais deprimida: tanto que levei isso para a terapia, comentei que não tive nada para fazer e praticamente só dormi durante meu tempo livre; comentei também também daquele texto de dez anos atrás e de como doeu ver que "não ter amigos" é uma questão que não vem de hoje, mas que dói como se fosse. E ele me aconselhou a dar uma volta, sair de casa, ir ao Parque da Cidade, além de pensar em fazer trabalho social pra ter alguma troca...

À tarde passei numa academia de dança perto de casa e devo fazer aulas de Zouk lá mesmo, a partir do mês que vem... a turma é iniciante e é aos sábados, perfeito pra MIM. Claro que eu tô com vergonha... por ir sozinha depois dos últimos anos indo com minha irmã, por estar gorda e feia e fora de forma, etc. Mas fiz essa "promessa" de que esse ano voltaria a dançar.

À noite fui pro show do Apocalyptica: e convenci minha irmã a ir comigo de última hora haha! Tinha certeza que seria uma experiência bastante diferente: mas achei que seria mais "frio", afinal se tratam de cellos (mesmo tocando metal...)... MAS. Saí de lá EMBASBACADA: foi LINDO, foi FODA, foi TUDO o que eu precisava depois desse fim e início de ano tão bosta!

Depois do show, acabei desabafando sobre esse rolê de não ter mais amigos como em outros tempos com minha irmã e entendi que não é fácil mesmo não, ter amizades de qualidade depois de adulta; que se eu for parar pra pensar não vou querer mesmo estar com qualquer pessoa só por estar. Mas é difícil pensar que o problema não é comigo, quando tem gente como a Isinha que diz que se sente muito amada, sacomé? Talvez o jeito seja mesmo aceitar que ciclos se encerram, que a gente também precisa alimentar nossos relacionamentos remanescentes, além de precisar selecionar os que ainda valem a pena para abrir espaço pros novos...